Se procurarmos no dicionário a palavra massa iremos nos deparar com uma série de diferentes definições referentes às mais variadas coisas que são denominadas massas, as alimentícias; as de construção; as de pessoas, entre outras que não vem ao caso. No que se refere ao presente interesse, às alimentícias, temos como alguma das definições que possivelmente se encaixam as que a descrevem como:

lasagna-preparato

  1. Uma quantia de matéria pastosa ou sólida, geralmente em forma indefinida;
  2. Pasta resultante de farinha e água ou algum outro líquido.

Essas podem ser definições de massa, mas parecem no primeiro momento um tanto simplistas. Talvez pudéssemos definir massa como um dos elementos que juntam tantas famílias aos domingos. Afinal, quem nunca foi ou conhece alguém a qual a família tem como tradição se juntar a fim de comer uma deliciosa macarronada aos domingos? Ou conhece alguém que come sete gnocchis todo 29 de dezembro, buscando obter sorte e fortuna para o ano seguinte?

Mais do que uma simples definição no dicionário as massas alimentícias estão presentes na vida das pessoas a mais tempo do que a maioria deve supor, presentes em tradições familiares, em rituais de sorte e crescendo em questões de sabor e variedade a cada dia mais.

Não existe uma concordância frente ao país ou tempo de origem das massas, pois são apresentadas a esse respeito diferentes vertentes baseadas em estudos a respeito, os quais defendem diferentes possíveis localidades de origem, sendo as principais destas a China, Arábia e Itália.

A vertente que defende que a origem teria se dado na China descreve que a massa teria se originado neste país do oriente, sendo então levada para o ocidente, especificamente a região da Itália, por Marco Polo por volta do ano de 1925. Existem referências de pratos com base em massas nessa região presentes à mesa desde o primeiro século depois do início do calendário cristão, sendo defendido que alimentos semelhantes ao nosso atual talharim era algo comumente vendido na época da Dinastia Sung, entre os séculos X e XVIII d.C.

A Itália, por sua vez, é conhecida popularmente como sendo o possível local de origem das massas, contendo duas versões que conectam o país como possível ponto onde famosos pratos como espaguete, lasanha, nhoque, entre outros mais teriam surgido. A primeira vertente de defesa descreve que as massas teriam surgido por parte do povo árabe que, por volta da idade média, teriam introduzido este alimento na região da Sicília, versão a qual apresenta maior respaldo histórico frente a sua veracidade do que algumas outras que se encontram.

A terceira vertente frente a possível origem das massas, defende que teria se dado diretamente na Itália, por volta de 1279 na região da Gênova. Segundo essa linha, descobriu-se no inventário de Ponzio Bastone, uma refeição a qual era denominada Maccherone, a qual segundo a descrição existente é muito semelhante ao que relacionamos hoje a massa. Embora este seja um ponto a se considerar, sabe-se que não há registro de refeições de massa na Itália antes do século XVIII com a poesia de Jacopone di Todi.

Embora essas sejam as principais versões aceitas muitas outras se ramificam conforme os anos passam e novos estudos surgem, mas não se firmam devido à falta de informações seguras e teorias conflitantes. Por exemplo, alguns dizem que antes mesmo dos árabes, chineses e italianos, a massa já era um alimento consumido pelos gregos e etruscos em seu nível mais rudimentar de preparo, os primeiros modos desse alimento, anos antes do início do calendário cristão.

No Brasil, este alimento chega por volta do século XIX, trazido pelos imigrantes italianos. Sua chegada representa um crescimento da produção de trigo pelo país, fazendo com que se dê um crescimento acelerado de moinhos e que surjam as primeiras fábricas voltadas para a produção exclusiva de massas.

Nos anos seguintes não só a produção aumentaria em excelentes níveis, mas também o consumo desse tipo de alimento por parte da população brasileira, tanto que, muitos anos depois da chegada da massa ao país, agora no século XXI o Brasil se consagra como um dos maiores consumidores de massa do mundo, ficando em terceiro lugar no ranking, atrás apenas da Itália e dos Estados Unidos.

O consumo brasileiro representou financeiramente mais de R$6,5 milhões no ano de 2013, referente a um consumo de mais de 1,2 de toneladas deste alimento durante esse período. Estudos de probabilidade indicam que até 2019 a venda de massas no Brasil irá apresentar um crescimento de pouco mais de 15%, sendo estes resultados superiores à média mundial que deve ficar em torno de 6,6%.

Com o alto consumo no país, fábrica de massas vem apostando no consumidor brasileiro e sua fidelidade frente as refeições preparadas com massas, apostando na variedade frente as possibilidades de pratos a serem preparados com as massas secas disponíveis no mercado e ainda frente aos preços disponíveis, buscando garantir que seja um produto o qual até o consumidor com menor poder aquisitivo possa usufruir, mantendo assim o nível de consumo e rotatividade financeira relacionada a este gênero alimentício.