No Brasil o mercado de massas tem grande retorno financeiro, considerando que somos o terceiro país no mundo a mais consumir massas italianas. Com quarenta diferentes tipos de massas disponíveis por todo o território, as possibilidades frente à variação das refeições que serão preparadas tendo este alimento de base é bem grande.
Observa-se que entre as três mais consumidas, frente ao tipo da massa, estão as secas, representando 98,7% do consumo, as instantâneas alcançando 90,9% e as frescas que atingem 29,9%.
Nos últimos anos, constatou-se que o consumo das massas frescas pelos brasileiros atingiu um aumento de 84%, possibilitando o levantamento da hipótese de que atualmente os sujeitos estão buscando refeições mais sofisticadas e que estejam atreladas a praticidade, isso é, considerando que sejam feitas por um terceiro, em um restaurante, por exemplo.
Neste caso, o número frente ao consumo das massas frescas é relacionado a uma classe da população com maior poder aquisitivo, dado o preço final deste tipo de produto no mercado. Pode-se embasar essa relação a partir dos resultados relacionados à pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias e Pão & Bolo Industrializados (ABIMA), a qual demonstra que as classes A e B representam 36% dos consumidores das regiões Sul e Centro-Oeste, as quais são as maiores responsáveis pelo consumo deste tipo de massa.
Uma opção interessante para consumir massas frescas com mais frequência é fazê-la de modo artesanal, comprando os ingredientes conforme a preferência pessoal e a especificidade frente ao que a receita escolhida requer. Atualmente, existe uma série de opções para apostar na qualidade de seu produto final, desse modo apostando ainda em uma alimentação que permite maior qualidade de vida comparada ao consumo de processados.
Para uma massa simples, em geral utiliza-se de farinha e ovos, os quais podem ser encontrados em versões orgânicas, se for da preferência do cozinheiro. Só em relação à farinha, podemos citar uma série de variedades para escolha, tais como a tradicional de trigo; a de arroz; a de amêndoas, entre outras as quais podem ser escolhidas conforme a receita e ainda quem vai degustar o prato.
Mais do que um meio de alimentação artesanal, que visa à saúde e o sabor acentuado da refeição, as massas frescas começam pouco a pouco a representar uma possibilidade de renda para muitas pessoas. Observa-se que, especialmente no estado de São Paulo, existem diversos comércios que vendem este tipo de produto, sendo estes locais especializados em massas alimentícias ou os quais tem como ofício venda de alimentos em geral, como alguns poucos supermercados.
Muitos destes locais não trabalham com a massa fresca de produção própria, mas trabalham revendendo esse produto, o qual é obtido com terceiros, muitas vezes autônomos que apostam na produção caseira de massa como uma forma de obter uma renda extra, uma opção interessante atualmente.
Estima-se que, dependendo do nível de produção caseira e de venda que se estabelece, o investimento neste setor pode gerar para o sujeito entre R$3,000 e R$6,000 mil reais por mês, o que é definitivamente um valor atrativo.
A resposta positiva frente a essa tentativa de negócio vai depender da aplicação de esforços que for posta em prática, visando produzir e entregar um produto de qualidade, saboroso e bem feito, além de poder ainda se direcionar para a criatividade e variedade do que é oferecido, por exemplo, preparando massas frescas desde para o simples macarrão, as massas coloridas e ainda as recheadas.
Outro fator que interfere no sucesso neste meio, diz respeito a apresentar um produto que interesse mais ao comprador do que aquele oferecido pelo concorrente. Vale, portanto, apostar não somente em um produto de qualidade, mas em fazer propaganda deste, embala-lo de uma forma atrativa, ou seja, pensar e planejar cada um dos pormenores que podem estar envolvidos no projeto.
Para iniciar um processo de tornar-se um vendedor autônomo, seja qual for o ramo, usualmente é necessário que seja investido um capital inicial relacionado às ferramentas envolvidas com o início do negócio e não é diferente com a venda de massas frescas.
A estimativa referente ao valor inicial a ser posto é de R$1,000 a R$2,000 reais, considerando a compra dos ingredientes relacionados à primeira leva do produto, além dos apetrechos utilizados na sua fabricação e venda do produto, como as embalagens na qual serão entregues e a possível aquisição de um cilindro ou máquina profissional de fabricar massa.
Dispensando um tempo para uma busca minuciosa na internet dos produtos requeridos, é possível encontrar valores interessantes, como conjuntos para a preparação do produto, contendo diferentes tipos de rolo de massa; pegadores; facas próprias para esse objetivo; varais de massa, entre outros itens, por cerca de R$300. Enquanto os cilindros para abertura da massa variam entre valores mais altos na faixa de R$400, até os mais simples que são encontrados por cerca de R$80.
Observa-se então que, com planejamento adequado, e pesquisa frente aos utensílios e ingredientes que serão utilizados, visando um baixo gasto financeiro, mas ainda assim uma boa qualidade, é possível considerar e, possivelmente, investir no mercado de massas frescas e obter algum retorno de auxilio financeiro com este tipo de produto alimentício.